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A Abóbada

Para celebrar a vitória sobre os castelhanos na batalha de Aljubarrota, o rei D. João I decide mandar construir um grande mosteiro. Na corte, defendem uns que deve ser um arquiteto estrangeiro, largamente experiente e mais preparado, a tomar o encargo de tão grande responsabilidade. Outros defendem que, precisamente pela enorme responsabilidade e simbolismo de tal monumento, deve ser um entre os muito sabedores e experimentados portugueses a fazê-lo. A ala estrangeirista será encabeçada pela rainha e a nacionalista pelo rei. Gera-se o desentendimento, mas a súbita cegueira de Mestre Afonso Domingues acaba por levar o rei a ceder e entregar a obra ao arquiteto estrangeiro, que acaba por a ver derrocar. Perante o desastre, D. João I chama o que sempre foi seu eleito, Mestre Afonso, que mesmo que cego dirige a construção da estrutura gótica de uma nova abóbada. E, se a abóbada não caiu, não cairá, até hoje.
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